sábado, 7 de agosto de 2010

Paredes de Coura 2010 - 31 de Julho - Dia 4


Dia 4 - 31 de Julho

O ultimo dia do festival começou tarde para mim, o cansaço acumulado dos últimos dias e o calor sempre presente convidava a dormir continuamente..
Depois de um mergulho no Tabuão e de um almoço de enlatados a tentação de fazer uma sesta apoderou-se de mim..
Acordei já com os acordes de Uria se faziam ouvir no palco Ibero Sounds, trocar de roupa e correr para lá foi a opção, um sprint na rampa fez-m avançar 5 metros, e parar para recuperar mas la subi mais cuidadosamente..

O concerto de Barbez no palco Jazz na relva, tinha ficado para trás, uma pena..

Mas o de Samuel Úria não queria perder e apesar de já o concerto ir a meio, valeu a pena...

De seguida entraram em palco os Triângulo de Amor Bizarro, a banda da Coruña, trouxe consigo alguns fãs e deu um concerto para eles visto a pouco e pouco quem tinha estado a ver Samuel Úria ter preferido vaguear pelo recinto.

A banda que me tinha chamado a atenção com o video clip e a musica "De la monarquía a la criptocracia" não me convenceu minimamente e também eu resolvi passear pelas barracas dos parceiros e patrocinadores do festival.

As 18 e 30 entrou já no palco principal Pacman, com o seu novo projecto musical, Dias de Raiva, o trash metal deste projecto pouco me chama e foi um concerto tão interessante que consegui encostar-me as grades do controlo de som e dormir uma soneca...


Jamie T foi outra das bandas que o festival me deu a conhecer, tal como os White lies a sua discografia revelou algumas musicas muito interessantes, a que mais gostei não tocou no festival, deixo aqui, para darem de sua justiça, "Hocus Pocus" talvez vos enfeitice como a mim...


Apesar de não me ter feito a vontade a cantar a musica que queria, este rapaz britânico da terra do ténis, Wimbledon, tem um reportório para dar e vender, tocando "If you got the Money", "Chaka Demus", entre outras e terminando a sua actuação com "Stick 'n' Stones".
Apesar de tudo foi um concerto muito soft, não cativando por ai alem a multidão que esperava Prodigy, mas ainda muito tempo havia para esperar.

A vez dos criadores de "Bohemian Like You" tinha chegado e entraram para um palco que veio a ser pequeno para eles...
Os The Dandy Warhols, apesar de já serem uma banda antiga, não gozam de grande hits, mas para minha surpresa o publico conhecia grande parte das musicas que tocaram...


Os conhecidos "We use to be Friends" e "Get Off", foram lançados de inicio para cativar o publico que se manteve fiel até ao final do concerto com a "Bohemian Like You", que foi tão acalmada que os Dandy não queriam sair do palco e acabaram por tocar mais uma musica, a qual não reconheci.

O regresso de Adolfo Luxuria Canibal a Coura estava marcado para as 21h40, e não se fez tardar...


Os Mão Morta, a banda que mais vezes actuou neste festival esta de volta com um novo álbum, "Pesadelos em Peluche", e apesar de já não serem a banda revolucionaria que foram nos anos 80 e 90, ainda mantém o misticismo histórico nas suas musicas, principalmente, escritas e protagonizadas pela rouca voz de Adolfo Luxuria Canibal.
O seu espectáculo já não e a destruição relatada dos primórdios da banda, mas mantém a áurea mística que os envolve, sendo a banda que consegui na sua hora de concerto, fazer esquecer que um furacão estava prestes a varre a praia do Tabuão...

The Specials tem um estilo Ska que não esta na minha lista de preferidos, no entanto sendo uma banda formada em 1977, como durou tantos anos?
Bem, o seu concerto é engraçado, mas a sua musica a certo ponto começa a ser repetitiva..


Como os próprios disseram, são uma banda dos nosso pais, aos quais pediram desculpa por só virem a Portugal agora, mas que eles estavam bem representados por nós, os filhos..
Concerto animado, com o publico a brincar com o facto de Terry Hall cantar e manter-se de cigarro na mão praticamente todos o concerto...
Mas o que o publico realmente queria era The Prodigy, e esses não tardavam...

Ainda mal do palco tinham saído os specials, e já o publico estava em euforia com a montagem do palco para os Prodigy, uma enorme quantidade de luzes, eram adicionadas ás já existentes, o rumor de que seria gravado um DVD durante os espectáculo deles em coura tinham-se espalhado, e os fãs ansiavam fervorosamente pelo inicio do mesmo.


Passava já 10min da uma da manha, quando The Prodigy incendiaram o palco com "world's on fire" com Maxim Reality e Keith Flint a acender o rastilho para uma hora descarga de energia...
A ideia de que o tal DVD seria editado rapidamente passou quando Maxim repetidamente insistia que estava no Porto..
Apesar do erro geográfico, Maxim tinha o publico rendido a seus pés desde o inicio do concerto, a velocidade e intensidade da performance do grupo, merece todo o carinho que lhe foi dado...
Carinho? talvez não seja a melhor palavra para descrever uma banda que aplica "Voodoo People" ao pessoal de coura...
A bomba foi anunciada por Keith, e logo de seguida "Smack My Bitch Up" ouviu-se entoado pelo publico..


O espectáculo com a enormidade de Luzes e velocidade das mesmas, é de deixar qualquer epiléptico, doente do coração ou facilmente impressionável a pedir assistência médica mas é melhor que não peça "Take Me To The Hospital", pois se o faz bem que pode não aguentar, a verdadeira musica que os courenses queriam ouvir, foi só lançada no final para delírio de todos..

E acabou assim, em êxtase, mais uma edição de Paredes de Coura..

Apesar de ainda actuarem no After Hours, as Dum Dum Girls e os Dj's YEAH, a energia foi toda bem aplicada em Prodigy, por isso não tive a possibilidade de ver Dum Dum Girls fica para uma próxima vez.

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